O segundo encontro
Diálogos entre a Comunidade – que escola queremos? ocorreu na
quarta-feira, dia 25, entre 13h30 e 16h, no Piscinão. O
terceiro encontro ocorreu no mesmo dia, entre 17h30 e 19h. Estiveram
presentes em torno de trinta pessoas em cada encontro.
No início, foi lido
o resumo dos assuntos comentados no primeiro encontro e publicado neste blog.
Em resumo, os
seguintes assuntos foram, então, tratados pelos presentes:
- Sobre as atitudes racistas, machistas e misóginas citadas no encontro anterior: os alunos tem medo de denunciar as atitudes de professores e sentem que correm riscos de serem perseguidos porque não confiam na instituição e percebem a Escola como uma instituição incapaz de gerir este tipo de situação. Não há clareza para a instituição sobre como podem ser identificadas as atitudes incorretas. Muitas vezes, a gravidade de certos atos é minimizada com o argumento de que não foi por mal ou que é somente o jeito da pessoa.
- A discordância entre aluno e professor é vista como desrespeito.
- Há professores que definem o escopo do que é ou não artístico de forma muito dura, restritiva e excludente e se colocam pouco dispostos ao diálogo. Isto se manifesta no cotidiano das disciplinas e até em bancas de TCC.
- Professores evitam
entrar em embates com colegas, evitam divergir acerca de questões
conceituais, mesmo quando é para defender posições de seus
orientandos.
- Os Colegiados de
Curso são coordenados por professores e a percepção de que o
aluno poderia sofrer perseguição já impediu que reclamações
fossem devidamente encaminhadas.
- Há muita
dificuldade em mobilizar alunos para participar do D.A., por diversos
motivos. Dentre eles, existem professores que desmerecem o D.A.
dentro de sala de aula, formando opinião contra a participação de
alunos novos no diretório acadêmico.
- Não há apoio da
Escola para incentivar a participação no D.A.. Deveria ser papel de
toda a comunidade incentivar a participação dos alunos no D.A. e
contribuir para seu devido funcionamento como espaço de
representação estudantil, que também faz parte dessa instituição.
- A Escola sofre de
falta de comunicação em todos os âmbitos e níveis. A informação
não é aberta e não circula devidamente.
- É importante que a
Escola consiga ter uma gestão compartilhada onde a comunicação
faça parte do plano de gestão.
- A gestão
compartilhada poderia cuidar da ocupação dos espaços físicos de
uma forma mais transparente.
- Seria possível ter uma
espécie de publicação informativa que apresente o organograma da
EBA, com todos os órgãos e instâncias, visando esclarecer para o
que serve cada um deles e quem pode participar, e citar quais os
serviços disponíveis na Escola e na UFMG de modo geral, tais como
apoio psicológico e acessibilidade?
- A Escola, ou o Cenex,
poderiam organizar meios de se comercializar a produção artística da
comunidade criando feiras, bazares e outros eventos que possibilitem
interagir com outras unidades e o público do campus em geral.
- A recepção aos
novos alunos precisa melhorar de modo a facilitar a inclusão destes
na comunidade.
- A produção
artística discente tem sido muito podada e isto vem causando grande frustração.
Alguns alunos que estão prestes a se formar se sentem mal na Escola,
estão desconfortáveis, porque não percebem sua produção
respeitada e chegam a perder a vontade de retornar aqui após
terminado o curso.
- A pouca participação da Comunidade e o aparente desinteresse em discutir sobre que Escola queremos foi novamente notada e lamentada pelos presentes.
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