quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Resumo do segundo encontro

O segundo encontro Diálogos entre a Comunidade – que escola queremos? ocorreu na quarta-feira, dia 25, entre 13h30 e 16h, no Piscinão. O terceiro encontro ocorreu no mesmo dia, entre 17h30 e 19h. Estiveram presentes em torno de trinta pessoas em cada encontro.
No início, foi lido o resumo dos assuntos comentados no primeiro encontro e publicado neste blog.
Em resumo, os seguintes assuntos foram, então, tratados pelos presentes:
  • Sobre as atitudes racistas, machistas e misóginas citadas no encontro anterior: os alunos tem medo de denunciar as atitudes de professores e sentem que correm riscos de serem perseguidos porque não confiam na instituição e percebem a Escola como uma instituição incapaz de gerir este tipo de situação. Não há clareza para a instituição sobre como podem ser identificadas as atitudes incorretas. Muitas vezes, a gravidade de certos atos é minimizada com o argumento de que não foi por mal ou que é somente o jeito da pessoa.
  • A discordância entre aluno e professor é vista como desrespeito.
  • Há professores que definem o escopo do que é ou não artístico de forma muito dura, restritiva e excludente e se colocam pouco dispostos ao diálogo. Isto se manifesta no cotidiano das disciplinas e até em bancas de TCC.
  • Professores evitam entrar em embates com colegas, evitam divergir acerca de questões conceituais, mesmo quando é para defender posições de seus orientandos.
  • Os Colegiados de Curso são coordenados por professores e a percepção de que o aluno poderia sofrer perseguição já impediu que reclamações fossem devidamente encaminhadas.
     
  • Há muita dificuldade em mobilizar alunos para participar do D.A., por diversos motivos. Dentre eles, existem professores que desmerecem o D.A. dentro de sala de aula, formando opinião contra a participação de alunos novos no diretório acadêmico.
     
  • Não há apoio da Escola para incentivar a participação no D.A.. Deveria ser papel de toda a comunidade incentivar a participação dos alunos no D.A. e contribuir para seu devido funcionamento como espaço de representação estudantil, que também faz parte dessa instituição.
     
  • A Escola sofre de falta de comunicação em todos os âmbitos e níveis. A informação não é aberta e não circula devidamente.
     
  • É importante que a Escola consiga ter uma gestão compartilhada onde a comunicação faça parte do plano de gestão.
     
  • A gestão compartilhada poderia cuidar da ocupação dos espaços físicos de uma forma mais transparente.
     
  • Seria possível ter uma espécie de publicação informativa que apresente o organograma da EBA, com todos os órgãos e instâncias, visando esclarecer para o que serve cada um deles e quem pode participar, e citar quais os serviços disponíveis na Escola e na UFMG de modo geral, tais como apoio psicológico e acessibilidade?
     
  • A Escola, ou o Cenex, poderiam organizar meios de se comercializar a produção artística da comunidade criando feiras, bazares e outros eventos que possibilitem interagir com outras unidades e o público do campus em geral.
     
  • A recepção aos novos alunos precisa melhorar de modo a facilitar a inclusão destes na comunidade.
     
  • A produção artística discente tem sido muito podada e isto vem causando grande frustração. Alguns alunos que estão prestes a se formar se sentem mal na Escola, estão desconfortáveis, porque não percebem sua produção respeitada e chegam a perder a vontade de retornar aqui após terminado o curso.
     
  • A pouca participação da Comunidade e o aparente desinteresse em discutir sobre que Escola queremos foi novamente notada e lamentada pelos presentes.

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