- A Prograd sinaliza
para toda a UFMG a possibilidade de mudança na estrutura de
disciplinas. É preciso conhecer melhor esta proposta e refletir
sobre o que é possível fazer na EBA, entender como acontecerá o
desenvolvimento de um plano para construirmos a escola que queremos. Trata-sem portanto, de
um momento favorável a mudanças estruturais.
- Para isto, é
importante analisar referências de projetos pedagógicos de outras
instituições de ensino de arte, tais como Parque Lage, FAAP, UERJ (Esdi). E escutar também a área de licenciatura.
- Se as grades
curriculares dos cursos forem revistas, é importante pensar na
integração entre cursos, entre alunos e entre docentes também;
e em como criar condições favoráveis para que professores de áreas
distintas possam atuar juntos.
- Disciplinas teóricas
permitem turmas maiores, são mais fáceis de se integrar alunos de
cursos distintos do que disciplinas práticas, com limitações de
espaço e de equipamentos.
- Sobre a mudança
curricular, ter um ciclo básico comum a vários cursos é uma das possibilidades existentes. Porém, pode ser que outros modelos possam atender melhor às
nossas demandas, do que simplesmente recorrer ao modelo já conhecido de
ciclos básicos.
- Alguns cursos nem
chegam a estudar a história da arte, atualmente. E o que define o enfoque da história da arte que estudamos hoje? Queremos uma escola
que inclua todas as áreas de conhecimento presentes na EBA. E que esteja
aberta a múltiplas formas de se entender o que é a arte.
- É importante também
pesquisar e estudar a história desta Escola.
- Será possível
entender como chegamos ao ponto em que estamos, detectando tantos
problemas em todas as áreas? Há quanto tempo não ocorria uma
iniciativa desta natureza visando a reflexão e o diálogo entre toda a
Comunidade? Percebemos o quanto este movimento
é fundamental para manter a Escola ativa, viva, refletindo sobre que tipo de unidade se deseja.
- Será de interesse de
todos ter um Ateliê experimental aberto a alunos de todos os cursos
e acolhendo diversas linguagens? E como este seria possível?
- Como é possível
sistematizar o registro efetivo de pesquisas livres dentro do sistema
acadêmico vigente?
- Podemos ter bolsas
de iniciação artística abertas a todos os cursos e áreas, com
demandas, expectativas e resultados específicos, distintos da
iniciação científica, mas que sejam reconhecidos e tenham validade
dentro do sistema acadêmico da UFMG.
- Como estimular
propostas de construção artística que sejam mais coletivas e menos
individuais?
- É possível
oferecer disciplinas de nivelamento?
- Os ateliês atuais
são mais vinculados a interesses específicos do docente do que
propriamente à linguagem artística de um modo mais aberto. Quais as implicações disso?
- Podemos ter mais
ações entre cursos, criando novas disciplinas, como a “Ator e Jogo
de Câmera” que acolhe alunos do CAAD e do Teatro simultaneamente.
- A Escola poderia
olhar para o mercado de trabalho de forma mais ampliada do que
especificamente se esforçar em formar prioritariamente artistas de galeria, diretores de cinema,
estilistas.
- As habilitações do
curso de Artes Visuais podem ser repensadas, mas é importante notar
que este modelo oferece um tipo de especialização que outros cursos
de arte no Brasil não tem, e acabam sendo mais generalistas.
- Os espaços de
laboratório e ateliês poderiam ser espaços mais ativos, ocupados com
atividades além das disciplinas também.
- Os novos alunos que
estão chegando parecem trazer outras lógicas, é preciso repensar o
modo de se avaliar a produção dentro das disciplinas. Dar só uma
nota já não parece fazer sentido. É preciso conceituar melhor as
avaliações.
- A realidade dos
alunos ingressantes da EBA está mudando, muitos precisam conciliar o
trabalho com o estudo.
- O NDE (núcleo
docente estruturante) deveria escutar opiniões e necessidades dos
alunos também.
- Como a Escola, de
modo geral, lida com cisões tais como as existentes entre técnica e
poética, entre prática e conceito, entre tradição e arte
contemporânea?
- Uma grade curricular
com muitas disciplinas obrigatórias limita a possibilidade de
integração com outros cursos, geralmente concebida por disciplinas
optativas.
- Em que medida todas
estas demandas relativas ao ensino podem extrapolar a atuação dos
Colegiados e serem estimuladas, ou coordenadas, também pela direção da Escola?
- Como lidar com as
vagas que ficam ociosas durante o semestre? É possível ter algo
parecido com o que eram os ouvintes? O que seria, uma vez que é proibido aceitar alunos não matriculados?
- A Biblioteca foi
designada para o prédio novo com um espaço reduzido em relação ao
que existe hoje. Uma sugestão de solução é que se crie, junto com
o espaço do prédio novo, uma midiateca, além de preservar a
biblioteca atual.
- Para conseguir compartilhar
disciplinas práticas entre diversos cursos seria preciso
deixar bem claros quais são os critérios de seleção para as vagas. Atualmente, já é
possível distribuir certa quantidade de vagas por cursos e usar
os critérios já existentes para selecionar quem irá cursá-la. Estes
são relativos à previsão no Plano de Estudos, ao RSG (prioriza
quem tem melhor desempenho de nota), à carga horária integralizada
(é possível priorizar quem tem menos ou quem tem mais tempo de
curso), e ao número de repetências em disciplinas.
- Já existem, na EBA,
disciplinas que integram alunos do CAAD, do Teatro, do Design e do
Design de Moda. Isto ocorreu por iniciativa de docentes e com
aprovação dos Colegiados. É uma iniciativa isolada que não faz
parte de um projeto maior de Escola, que ainda não existe. Porém, isso mostra que é
possível integrar mais os cursos e até mesmo de unidades distintas.
- Alguns docentes
poderiam aprimorar seus métodos didáticos, talvez participando mais
das iniciativas do GIZ.
- É importante deixar
em local bastante acessível para o aluno, e antes do período de
matrícula, as informações sobre os docentes, ementas e programas
das disciplinas. E verificar se todas as disciplinas ofertadas possuem essas informações. Há muita desinformação e algumas matrículas chegam a ser
feitas sem que o aluno saiba do que se trata a disciplina.
- Poderia existir um programa de bolsas via Cenex para que ex-alunos pudessem ofertar oficinas sobre conteúdos que tenham se especializado ao longo do curso, de modo a mostrar algumas oportunidades concretas de trabalho e de inserção no mercado logo após a formatura.
- As opiniões e as
visões de alunos veteranos e de ex-alunos são importantes para se
definir a Escola que queremos. Como se pode manter o elo, manter um
vínculo efetivo e afetivo entre a instituição e aqueles que já estudaram
nesta Escola?
- É necessário
conhecer as propostas pedagógicas mais atuais e avaliar o que é
possível aplicar na EBA.
- É importante que a
Escola tenha a quantidade de técnicos necessária e que sejam também
artistas para acompanhar e manter os ateliês abertos além do
período de aula, atuando em parceria com os docentes.
- É importante
lembrar a todos que os professores também são servidores públicos, assim
como os técnicos-administrativos em educação (TAE).
- O site da EBA
deveria se tornar um canal dinâmico, capaz de dar conta da
multiplicidade de atividades das diversas áreas de atuação.
- É importante
atualizar o maquinário de nossas oficinas. Não temos acesso a
equipamentos compatíveis com o meio digital tais como máquinas de
corte, gravação, modelagem digital, impressão e scanners em 3D.
Como a direção da Escola poderia buscar apoios ou parcerias capazes
de viabilizar projetos neste sentido?
- Não temos um
laboratório que seja multiuso.
- Como se dá a
relação da Escola com o mundo, atualmente? Como somos vistos pela
sociedade? Será que sabem o que fazemos? Como podemos mostrar
melhor, em conjunto, o retorno que damos à sociedade? Hoje não é possível visualizar na totalidade este conjunto de ações que seria a EBA.
- A instituição deveria buscar parcerias com instituições afins, tais como museus, teatros, salas de cinema, fundações, galerias?
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Resumo do terceiro encontro
Resumo do segundo encontro
O segundo encontro
Diálogos entre a Comunidade – que escola queremos? ocorreu na
quarta-feira, dia 25, entre 13h30 e 16h, no Piscinão. O
terceiro encontro ocorreu no mesmo dia, entre 17h30 e 19h. Estiveram
presentes em torno de trinta pessoas em cada encontro.
No início, foi lido
o resumo dos assuntos comentados no primeiro encontro e publicado neste blog.
Em resumo, os
seguintes assuntos foram, então, tratados pelos presentes:
- Sobre as atitudes racistas, machistas e misóginas citadas no encontro anterior: os alunos tem medo de denunciar as atitudes de professores e sentem que correm riscos de serem perseguidos porque não confiam na instituição e percebem a Escola como uma instituição incapaz de gerir este tipo de situação. Não há clareza para a instituição sobre como podem ser identificadas as atitudes incorretas. Muitas vezes, a gravidade de certos atos é minimizada com o argumento de que não foi por mal ou que é somente o jeito da pessoa.
- A discordância entre aluno e professor é vista como desrespeito.
- Há professores que definem o escopo do que é ou não artístico de forma muito dura, restritiva e excludente e se colocam pouco dispostos ao diálogo. Isto se manifesta no cotidiano das disciplinas e até em bancas de TCC.
- Professores evitam
entrar em embates com colegas, evitam divergir acerca de questões
conceituais, mesmo quando é para defender posições de seus
orientandos.
- Os Colegiados de
Curso são coordenados por professores e a percepção de que o
aluno poderia sofrer perseguição já impediu que reclamações
fossem devidamente encaminhadas.
- Há muita
dificuldade em mobilizar alunos para participar do D.A., por diversos
motivos. Dentre eles, existem professores que desmerecem o D.A.
dentro de sala de aula, formando opinião contra a participação de
alunos novos no diretório acadêmico.
- Não há apoio da
Escola para incentivar a participação no D.A.. Deveria ser papel de
toda a comunidade incentivar a participação dos alunos no D.A. e
contribuir para seu devido funcionamento como espaço de
representação estudantil, que também faz parte dessa instituição.
- A Escola sofre de
falta de comunicação em todos os âmbitos e níveis. A informação
não é aberta e não circula devidamente.
- É importante que a
Escola consiga ter uma gestão compartilhada onde a comunicação
faça parte do plano de gestão.
- A gestão
compartilhada poderia cuidar da ocupação dos espaços físicos de
uma forma mais transparente.
- Seria possível ter uma
espécie de publicação informativa que apresente o organograma da
EBA, com todos os órgãos e instâncias, visando esclarecer para o
que serve cada um deles e quem pode participar, e citar quais os
serviços disponíveis na Escola e na UFMG de modo geral, tais como
apoio psicológico e acessibilidade?
- A Escola, ou o Cenex,
poderiam organizar meios de se comercializar a produção artística da
comunidade criando feiras, bazares e outros eventos que possibilitem
interagir com outras unidades e o público do campus em geral.
- A recepção aos
novos alunos precisa melhorar de modo a facilitar a inclusão destes
na comunidade.
- A produção
artística discente tem sido muito podada e isto vem causando grande frustração.
Alguns alunos que estão prestes a se formar se sentem mal na Escola,
estão desconfortáveis, porque não percebem sua produção
respeitada e chegam a perder a vontade de retornar aqui após
terminado o curso.
- A pouca participação da Comunidade e o aparente desinteresse em discutir sobre que Escola queremos foi novamente notada e lamentada pelos presentes.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
25.01 - Dois encontros no mesmo dia
Que Escola Queremos?
Na próxima quarta-feira, dia 30.01, acontecerão dois encontros do evento Diálogos entre a Comunidade, no Piscinão da EBA.
25.01: 13h30 às 16h30
25.01: 17h30 às 19h
Nenhum dos encontros possui pauta pré-definida. O resumo listado aqui no blog será apresentado, porém os assuntos irão se desenvolver de acordo com a participação dos presentes.
Compartilhe o convite no Facebook
Na próxima quarta-feira, dia 30.01, acontecerão dois encontros do evento Diálogos entre a Comunidade, no Piscinão da EBA.
25.01: 13h30 às 16h30
25.01: 17h30 às 19h
Nenhum dos encontros possui pauta pré-definida. O resumo listado aqui no blog será apresentado, porém os assuntos irão se desenvolver de acordo com a participação dos presentes.
Compartilhe o convite no Facebook
sábado, 21 de janeiro de 2017
Resumo do primeiro encontro
No encontro do dia 19 de janeiro, iniciamos os Diálogos entre a Comunidade. Foram três horas de muita conversa e assuntos diversos sendo tratados. Segue abaixo uma síntese do que foi conversado.
Sobre o Espaço Físico:
- Discussões sobre a ocupação dos espaços da unidade: as dificuldades para reservar espaços, problemas com o uso destes espaços, o desconhecimento de regras de uso de equipamentos, inadequação de alguns espaços para certas atividades. Existem espaços ociosos na Escola? Como resolver isso?
- É preciso enfrentar o desafio de compartilhar mais e melhor os espaços disponíveis.
- Qual a situação atual da obra dos prédios anexos? Há riscos na estrutura? O projeto foi construído sem o devido aval da comunidade e possui problemas sérios apontados por uma comissão da Escola, será que ainda é possível modificá-lo?
- O que a direção pode fazer e o que todos nós podemos fazer quanto a isso?
- Qual a política de uso de laboratórios e oficinas pelos alunos, o empréstimo de equipamentos e materiais?
- O curso de Design de Moda está instalado em local distante e perigoso. Qual perspectiva de mudança?
- A área de Gravura e o curso de Dança aguardam a reforma de um novo espaço já definido dentro do campus Pampulha.
- Vamos abrir espaços para a rua, ocupar de modo criativo e coletivo o jardim em frente ao prédio.
Sobre a Gestão da Escola:
- É fundamental preservar e ampliar a transparência nos processos administrativos.
- É preciso existir um canal de escuta permanente pela Diretoria aberto a toda a Comunidade.
- É preciso trabalharmos juntos utilizando os recursos que temos agora.
- É preciso fazer ações que promovam a integração das áreas de atuação.
Sobre a Ocupação:
- Relatos sobre sua importância, o que se viveu e o que se aprendeu nas ocupações.
- Não se pode perder a perspectiva humana das relações na busca pelas soluções de problemas.
- É preciso incentivar ações afirmativas de direitos humanos que sejam críticas e denunciem o comportamento machista, racista e misógino dentro e fora da sala de aula.
- As manifestações nas paredes da escola: a lista de professores machistas é ou não um modo adequado de abordar essa questão?
- É preciso ter melhor compreensão das instâncias internas, suas funções e suas possibilidades.
- É preciso reforçar a importância de documentar as ocorrências por escrito.
- A falta de engajamento generalizada: como fazer para que as pessoas se interessem pelas questões de nossa escola?
- A crise de participação e representatividade: como aumentar a frequência nos fóruns de discussão colegiados e nas chamadas de votação, consultas públicas.
Sobre a Participação
Discente:
- A necessidade urgente de regularização do D.A. para que as representações estudantis possam retornar a ter voto nas instâncias oficiais.
- Conscientização do valor da matrícula: como reduzir a grande quantidade de vagas em disciplinas que são ocupadas por alunos que não as frequentam?
Sobre o Setor de Pessoal:
- Temos servidores suficientes, entre técnicos administrativos e professores, para o bom funcionamento da Escola?
Sobre o Ensino:
- Não existe uma construção coletiva de Escola.
- Não existe acompanhamento pedagógico e didático específico, a função dos colegiados tem sido predominantemente administrativa.
- Faltam iniciativas transversais que permitam mesclar alunos de diversos cursos.
- Falta integração entre os cursos da EBA.
- Há disciplinas que não seguem a ementa e o conteúdo programático.
- É necessário formular um projeto amplo de Escola e não de um conjunto de cursos isolados.
- É preciso repensar os currículos. Não são abordadas questões como a curadoria da arte, montagem de exposições, conhecimento sobre economia e leis de incentivo.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Diálogos entre a Comunidade
---x---
A EBA está em processo de sucessão da diretoria. E a consulta pública será realizada em março de 2017.
Pensando nisto, a comissão propõe uma série de atividades de modo a estimular a reflexão acerca de todas as questões que nos inquietam.
Venha dialogar e ajudar a responder:
que escola queremos?
Encontros em janeiro:
19.01 - quinta-feira, de 13h30 às 17h30
25.01 - quarta-feira, de 13h30 às 16h30
25.01 - quarta-feira, de 17h30 às 19h
30.01 - segunda-feira, de 10h30 às 12h30
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